11 de abril marca o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, uma enfermidade descoberta há 203 anos e que já é considerada a segunda doença neurodegenerativa progressiva mais frequente no mundo, perdendo apenas para o Alzheimer.
A Doença de Parkinson é crônica e progressiva e é caracterizada por uma falha na produção e na ação da dopamina em determinadas regiões do cérebro que controlam a execução dos movimentos. Esta falha na produção da dopamina acaba por afetar funções específicas do corpo como os movimentos e o equilíbrio. Os principais sinais e sintomas observados em pessoas com Parkinson são tremor, rigidez, instabilidade postural, lentidão na execução dos movimentos e da marcha, além de depressão, alteração do sono e sintomas oculares como cansaço visual e visão dupla.
O diagnóstico é basicamente clínico e o tratamento dos sintomas devem ter início imediato. A terapêutica para a Doença de Parkinson deve ser interdisciplinar e em sua maioria envolve o uso de medicações, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional. Algumas pessoas, principalmente as que apresentam tremor em mãos podem se beneficiar da “Estimulação Cerebral Profunda”.
O tratamento Fisioterapêutico é fundamental e seu principal objetivo é retardar a progressão dos sintomas, bem como desenvolver estratégias que garantam maiores níveis de atividade e participação social, além de qualidade de vida e mobilidade às pessoas com Parkinson.
Dentre as abordagens específicas da Fisioterapia estão o treino de marcha, os exercícios ativos que estimulem a manutenção do controle postural e da seletividade neuromuscular e os treinos de equilíbrio e propriocepção. A Fisioterapia Ocular e os exercícios vestibulares também são bem indicados e auxiliam na manutenção da postura e do equilíbrio. Atualmente existem bons resultados para melhora da qualidade da marcha com a utilização da neuromodulação transcraniana não invasiva e com o uso de óculos de realidade virtual durante as terapias.
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